Autor(es):	Drumond, Marcos Machado
Afiliação:	Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear/CDTN, Belo Horizonte/MG, Brasil
Data do documento:	1994
Palavras-chave:	Hydrology;Juatuba basin
Resumo:	Considerando os prejuízos humanos e materiais que podem ser causados pela adoção, generalizada e sem uma análise prévia de adequação, de métodos indiretos para o cálculo de vazões de enchentes, pretendeu-se com este trabalho, fazer uma avaliação das metodologias mais usadas, no país e no estado, atualmente. Para realizar esta análise, foram escolhidos os métodos indiretos baseados na Teoria do Hidrograma Unitário e a Bacia Representativa de Juatuba, localizada a cerca de 50 km de Belo Horizonte e com área de drenagem de 443 km2 , cujos dados se constituem no melhor acervo de informações hidrológicas, de pequenas bacias, existente no Estado de Minas Gerais. Após o levantamento, a análise e o processamento dos dados das estações ünigráficas e pluviográficas ali existentes, foram determinados, para as sub bacias dos Ribeirões Estiva e, Serra Azul (com áreas de drenagem de 31,5 km2 e 112,5 km2 respectivamente), os hidrogramas unitários médios, com base em 19 hidrogramas de cheia observados em cada uma, e os hidrogramas unitários sintéticos, obtidos com os Métodos de Snyder (usando os coeficientes do próprio autor e os coeficientes de Linsley) e do US Soil Conservation Service (SCS). Comparando os resultados obtidos, verificou-se que, em se adotando os métodos indiretos estudados, as vazões de pico dos hidrogramas unitários poderiam ser desde 43 porcento menores até 164 porcento maiores que as observadas, no caso da sub bacia do Ribeirão Estiva, e desde 65 porcento menores até 101 porcento maiores, no caso da sub bacia do Ribeirão Serra azul. Observou-se, com relação ao Método de Snyder, que os coeficientes de Linsley adaptaram-se melhor à sub bacia do Ribeirão Estiva, que tem menor área de drenagem e maiores declividades, enquanto os coeficientes de Snyder forneceram hidrogramas mais próximos dos reais, no Ribeirão Serra Azul, cuja bacia é menos íngreme e tem maior área de drenagem. Este fato parece indicar que os coeficientes Ct e Cp estariam fortemente relacionados com estas duas características das bacias hidrográficas. Já o Método do SCS, que tem como parâmetro básico o tempo de concentração (tc), forneceu hidrogramas próximos aos observados apenas quando se considerou a Fórmula de Ventura para o cáculo de tc. Com base nos 19 hidrogramas unitários observados em cada bacia, foram obtidos valores médios das vazões de pico, para uma chuva efetiva de 1 cm, e dos principais coeficientes e parâmetros utilizados nos métodos indiretos, para as duas sub bacias.A análise comparativa dos resultados obtidos demonstrou não só a importância de uma escolha criteriosa dos coeficientes-e fórmulas, quando se adotam os métodos indiretos para o cálculo das vazões de enchente, como também, considerando os escassos recursos disponíveis, a necessidade de investir-se em sistemas mínimos de aquisição de dados hidrológicos.
Acesso:	L
Aparece nas coleções:	Dissertação

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